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IMAGINAÇÃO DA ÁGUA: ENSAIOS SOBRE PLANETA E ARQUITETURA

Dissertação de Mestrado do Programa de Pós-Graduação de Arquitetura da PUC-Rio

Maio de 2021

Resumo
Partindo de um viés sobretudo filosófico acerca da chamada crise ecológica, caracterizada pelas dramáticas e inéditas alterações dos processos biogeoquímicos da Terra, a dissertação investiga as repercussões desse novo contexto na ontologia da Arquitetura. A nova época geológica na qual adentramos, o Antropoceno, põe em xeque a validade da divisão epistemológica ocidental, que durante mais de cinco séculos distinguia cultura e natureza, bem como exige abordagens que integrem a história do planeta com a história da globalização. Como teorizar a arquitetura de caráter fundamentalmente antropocêntrico, assim como sua história, quando tais problemáticas aparecem? Apesar da ruptura temporal que a nova época instaura, a “modernidade do carbono” ainda persiste na maneira não só como construímos cidades, mas como produzimos e consumimos coisas. Na prática, a arquitetura enquanto participa dessa cadeia de extração de recursos planetários e alimenta as trocas comerciais por todo o globo, reitera seu caráter político que extrapola seu limite disciplinar. A arquitetura legitima os atuais modos de produção e consumo, e se o Antropoceno requer modos de vida outros que aqueles dominados pela “forma-carbono”, será preciso reconhecer o problema para enfim conjecturar uma lógica alternativa.

Palavras-chave
Arquitetura; planeta; Antropoceno; desordem ecológica, cultura-natureza

©NathalieVentura 2024

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